quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

domingo, 26 de dezembro de 2010

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Música Nova - Não a guerra



Caminhando entre os
corpos pelo chão
Crianças mortas
com armas nas mãos
Será que esse é
o futuro de todas
as nações

Desperto de manhã
do meu pesadelo profundo
Olho lá pra fora
pela janela do mundo
o mundo está azul
vermelho e prateado
será o fim dos tempos
chegando apressado

Eu não quero
mais a guerra
e a guerra também
não me quer
Destruiram minha
casa minha familia
meus filhos
minha mulher.

sábado, 18 de dezembro de 2010

Capítulo 11

Califórnia, EUA
bar Blue or Black
4h da manhã um dia antes

O bar da rodovia, o mais sinistro que se conhecia por aqueles lados, estava cheio de caminhoneiros, um horário de grande movimento, muitos caminhoneiros nesse horário estavam trocando de turno e o bar era ponto certo para descanso de suas jornadas, Jeff Walker o dono do conceituado bar estava dentro de sua sala aos fundos do bar, ele era considerado quase uma lenda pelos caminhoneiros que freqüentavam o local, difícil de ser visto, tinha gente que até jurava que estava morto, muitos rumores e histórias eram contadas sobre ele, mas a mais conhecida entre os freqüentadores do bar contava que Jeff Walker tinha uma ligação direta com o Diabo, havia vendido sua alma, mas muita gente falava que não era pacto comum, ele havia feito um pacto e se tornado em um carniceiro do inferno, em troca de suas luxúrias, e tudo mais que lhe fosse de desejo, ele fazia sacrifícios humanos e coletava almas para satã, as lendas eram tão conturbadas e conhecidas, quase todos que ouviam falar em Jeff mesmo que nunca tivessem pisado no bar o temiam, muitos juravam que não chegavam perto do local nem a mil metros.
Jeff era tão sigiloso que nem seus próprios funcionários tinham contato com ele, à única que ainda tinha contato era Rosa Lindel, uma tranqüila moça que já trabalhava com Jeff há alguns anos.

‘’Rosa era uma linda moça de cabelos de cor castanhos bem claros, era a que conhecia praticamente todos os caminhoneiros que freqüentavam o bar, simpática, tranqüila e muito sensual, ela tinha um sonho em mente, como todos que a conheciam elogiavam a sua beleza fenomenal, ela sonhava em se tornar atriz, quando terminou seus estudos ainda adolescente, conheceu o bar de Jeff certo dia quando havia saído com um namorado que tinha na mesma época, pararam ali no mesmo bar para beber com uns amigos e se divertir, Rosa pediu para ir ao banheiro, e sem saber entrou na sala de Jeff por engano, como estava um pouco alcoolizada entrou e fechou a porta, depois que se virou viu que não estava no banheiro, viu Jeff sentado em uma cadeira de costas para ela, olhou ao redor a sala e ficou paralisada, a sala era de uma luxúria sem tamanho, ela se sentiu dentro de uma sala secreta do tesouro, tapetes percas pelo chão, abajur de cristais pelo teto, um sofá de couro puro, varias vitrines com objetos feitos em ouro maciço, então ela ouviu a voz de grossa e robusta de Jeff perguntando quem estava lá, ela respondeu com temor, pediu desculpas e abriu a porta, então ele pediu que ela espera-se, conversava com ela da cadeira mesmo não levantou-se permaneceu sentado de costas para ela, disse que estava tudo bem, que ela era bem vinda, ainda disse que se ela precisa-se de algo podia voltar e falar com ele, ela meio sem entender agradeceu e se retirou.
Alguns meses depois Rosa teve uma briga violenta com seu namorado, se separam e ele a pôs para fora da casa e disse que nunca mais voltasse, ela triste não bateu boca, seguiu caminhando pela estrada, passou alguns dias sem comer nada, dormindo pela rua mesmo, sentia raiva de si mesma, por ter vindo para a cidade, saído da casa dos pais em busca de seu sonho ter ido morar com o namorado parecia um terrível erro, lembrou do bar e do homem que disse pra voltar com ele se precisa-se de algo, ela pensou um pouco, não havia muita escolha, conseguiu uma carona na madrugada com um caminhoneiro, que tentou abusar dela no caminho, mas não chegou a fazer nada, ela chegou ao bar e entrou, estava lotado, passou direto para a sala de Jeff sem dar explicações a ninguém, quando entrou na sala, e pensou em falar algo ouviu a voz de Jeff. Olá querida Rosa, que bom que você voltou. Disse ele. Rosa arregalou os olhos, não havia falado seu nome, não sabia como ele podia saber, ele em seguida disse para ela ficar tranqüila e lhe dizer o que desejava, Rosa contou todo o acontecido e desde então Jeff passou a cuidar dela quase como uma filha. ’’

O bar estava para fechar então como de costume Rosa seguiu para sala de Jeff com a renda da noite, estava cedo ainda, mas ela queria adiantar as coisas, a noite de trabalho tinha sido longa e ela queria arrumar tudo logo estava doida para dormir, bateu na porta, mas não houve resposta, então entrou sem fazer sermão, tomou um susto Jeff não estava em sua cadeira, olhou para todos os cantos da sala e não o viu, então começou a chamar por ele, e não houve resposta, ela seguiu até a mesa dele lentamente, ela nunca havia ido até ali tinha curiosidade de saber o que Jeff tanto escrevia, ao chegar próximo a mesa avistou um enorme livro, parecia ser bem antigo, as paginas pareciam folhas velhas de pergaminho, ela olhou atenta e viu numerosos nomes, uma lista de nomes, não entendeu, entre algumas listas de nomes existiam umas escritas que ela não conhecia, parecia ser algo hebraico.
Olhou novamente ao redor, Jeff parecia ser realmente um homem muito ganancioso, havia um enorme quadro na sua parede que começava um centímetro acima do chão e se estendia até uma altura de dois metros, suas bordas eram de ouro sua pintura era uma paisagem espetacular super realista, Rosa nunca tinha parado para observá-lo, olhar pra aquele quadro daquele tamanho fazia ela se sentir em outro lugar, ela passou a mão sobre suas bordas de ouro, então percebeu que um de seus lados estava afastado da parede, olhou a pequena vaga que havia, e viu que havia algo por trás do quadro, ela fez esforço e afastou o quadro, então viu uma enorme estátua de ouro, a estatua de um anjo sentado com as pernas cruzadas de mãos estendidas para frente com a palma pra cima na altura do peito e os cotovelos colados próximos ao corpo, sua cabeça estava empinada levemente para cima como se estivesse olhando para baixo com orgulho, em suas mãos uma enorme espada, em seu corpo havia uma serpente que se enrolava da cintura até um de seus ombros, a cabeça da serpente estava a altura do pescoço como se também estiver encarando quem estivesse a frente da estátua, ela ficou paralisada olhando e admirando a exuberância daquela estátua, devia valer muito dinheiro.

- Lindo não é? – soou dentro da sala a voz robusta de Jeff, Rose tomou um enorme susto.

- Oh! Nossa Jeff, quase morro do coração, olha me desculpe eu não devia... – ela estava sem jeito, e as palavras não queriam sair, ela olhou e viu Jeff sentado na cadeira.
Como você chegou ai? Eu não vi... Quer dizer, de onde veio? – ela estava espantada.

- Eu tenho meus truques, não se preocupe não precisa pedir desculpas, eu precisava falar com você mesmo. – ele falou se levantando da cadeira, Rosa se espantou ela nunca viu Jeff de outra forma se não de costas.

- Tudo bem, no que posso ajudá-lo? – perguntou ela ainda sem jeito. Jeff se virou, ela olhou atentamente, mas ele parecia um homem comum, achou ele simpático então sorriu.

- Não sou que preciso falar com você. – ele disse pausadamente então sorriu também.

- Como é? – Rosa não entendeu. Jeff começou a se tremer como se estivesse tendo um ataque, ela arregalou os olhos e ficou estática com a cena, começou a sentir o ambiente ficar frio, passou a ouvir respirações ofegantes, estava cada vez mais assustada.
O que é isso Jeff? O que está acontecendo? – ela estava muito assustada, começou a dar pequenos passos para trás, o ambiente parecia um freezer frio e sombrio, então tudo parou, Jeff estava de cabeça baixa.
Jeff? Você está bem? – perguntou ela assustada. Então ele deu uma risada.

- Olá querida Rose! – ele levantou a cabeça e ela pode ver seus olhos em cor branca.

- Que isso Jeff, se quer me assustar já conseguiu pode parar. – disse ela com palavras tremidas.

- Jeff? Não é mais o Jeff... Muito prazer minha linda criança, deixe-me me apresentar, sou Lucis Lúcifer, se preferir, Luz de Lúcifer. – disse ele apertando os lábios num sorriso malicioso.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

O Último Apocalipse - Capítulo 10 "A Libertação"

Capítulo 10

"A Libertação"

Clinica psiquiátrica
Califórnia, EUA
9h da manhã, Ano 2013

O consultório do doutor Walkman estava completamente vazio se não fosse pela presença de uma moça que estava sentada ao canto da sala de espera ao fundo do corredor, a recepcionista estava arrumando algumas papeladas quando notou a presença da moça que estava de cabeça baixa e quieta, então se aproximou.

- Bom dia senhorita, com licença, notei sua presença aqui, difícil receber pessoas tão cedo no consultório, posso ajudá-la? – perguntou a recepcionista simpaticamente. A moça estava tremendo, lentamente levantou o rosto em direção a recepcionista, seu rosto estava molhado de lágrimas que não paravam de escorrer e sua expressão era de medo e desespero.

- Eu... Eu posso ver o doutor? – a voz da moça estava tremida e passava uma sensação de exaustão.

- Oh! Sim, sim senhorita, vamos. – disse a recepcionista levantando a moça, e seguiram para a sala do doutor Walkman.
Com licença doutor, está moça precisa vê-lo! – ela abriu a porta e encaminhou a moça para dentro em seguida saiu e fechou a porta.

- Bom dia senhorita, seja bem vinda, por favor, sente-se. – Walkman falou calmamente sua voz mansa e calma passava muita segurança, a moça estava em pé à frente da porta ainda de cabeça baixa, então levantou a cabeça e seguiu para o divã, sentou-se e ficou olhando para Walkman sem falar nada, seu rosto estava com uma expressão de espanto.
Tudo bem, relaxe, é sua primeira vez em um psiquiatra não é? – sorrindo e fechando brevemente os olhos, perguntou ele.

- Sim, nunca vim em um psiquiatra, nem imaginei que um dia estaria aqui sentada no divã de um, isso é tão repentino e estranho. – ela respondeu virando levemente o rosto para um lado e baixando a visão dos olhos em direção ao chão.

- Certamente senhorita, mas fique tranqüila, todo mundo pensa assim a primeira vez que pisa aqui, mas estou aqui para ajudá-la não precisa ter receio de nada. – Walkman era simples e leve com as palavras demonstrava ser um bom profissional. A moça sorriu e relaxou então se acomodou no divã.
Diga-me o que lhe trouxe até aqui? – perguntou ele

- Honestamente eu não sei se deveria estar aqui ou num exorcista! – Exclamou ela, com a vista distante para o lado.

- Como é? Não entendi senhorita por que diz isso? – Walkman se espantou com a resposta.

- Nem eu sei doutor, não sei o que está acontecendo comigo. – ela disse em tom baixo e triste.

- Me diga exatamente o que está acontecendo, fique relaxada. – Walkman manteve a moça tranqüila.

- Ai doutor, eu ando tão cansada, exausta, dias sem dormir, tem algo, muito estranho acontecendo comigo, não sei explicar, mas, mas... – antes de completar o que queria dizer ela entrou em pranto, as lágrimas começaram a escorrer de seus olhos e sua expressão mudou completamente, estava em uma crise de total desespero.

- OH! Calma senhorita, está tudo bem, relaxe, preciso saber o que está acontecendo, me diga eu lhe ajudarei. – Walkman usava todos os seus métodos para acalmar a moça.

- Eu estou enlouquecendo doutor, eu estou vendo pessoas, muitas pessoas, ai doutor só de pensar eu... – a moça começou a chorar novamente.

- Pessoas? Acha que está enlouquecendo por estar vendo pessoas? – espantou-se novamente Walkman

- Pessoas mortas doutor, muitas pessoas mortas, andando entre os vivos, passeando por ai, estou exausta, cansada de fugir disso, estou sendo perseguida, perturbada, não sei mais o que fazer. – abaixou à cabeça, sua expressão passava uma tristeza de deixar a garganta seca.

- Como é pessoas mortas? – Walkman se assustou novamente, sentiu aquela não seria uma consulta comum.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

O Último Apocalipse - Capítulo 9

Capítulo 9

Aeroporto Internacional

Estacionamento

Um silêncio sepulcral, Adan estava caído no chão do estacionamento ao lado de seu carro, estava inconsciente, ao seu redor apenas um estacionamento aparentemente vazio, o alarme de seu carro de repente disparou, ele despertou com o som caco-fônico que ecoava no estacionamento. Sentiu falta de ar, seu corpo estava todo dolorido, era como se tivesse sido espancado, girou seu corpo para sair da posição que estava e deitou-se de peito para cima, sua vista estava meio embaçada, caçou nos bolsos a chave do carro e em seguida desligou o alarme, aos poucos levantou as costas do chão e sentou-se, as dores no corpo estavam intensas e doloridas a cada movimento, se apoiou no carro e fez esforço para ficar de pé, não estava fácil suas pernas estavam fracas e bambas, encostou as costas no carro em seguida apoiou as duas mãos sobre os joelhos e inclinou um pouco o corpo para a frente dobrando um pouco os joelhos, de olhos fechados buscou um pouco de ar, aos poucos as dores foram diminuindo, arrumou a postura, abriu os olhos e levou a mão direita a cabeça, ainda estava meio zonzo, aos poucos a vista embaçada foi normalizando, só haviam carros no estacionamento, lembrou-se do que havia passado, olhou para o teto e viu a lâmpada sobre ele, a última lembrança que tinha dos acontecimentos antes de apagar, olhou para os carros ao redor então apertou os olhos para confirmar o que estava vendo, não havia arranhões no carro como ele lembrava ter visto.
Adan levou as mãos a cabeça e debruçou o corpo sobre o carro, afinal o que estava acontecendo com ele, estava se achando um louco, tudo havia sido tão real. Teria sido apenas um sonho? Questionou ele consigo mesmo. Uma forte dor de cabeça repentina tomou conta de Adan, a dor era tão intensa que suas pernas passaram a enfraquecer, ele se ajoelhou com as mãos na cabeça, inclinou o corpo para frente até encostar a cabeça no chão, não estava agüentando sua cabeça parecia estar prestes a estourar, começou a ouvir o som de um cão raivoso latindo um som do inferno, ele começou a gritar com a dor, abriu os olhos buscando ver o cão, aos seus olhos à imagem do estacionamento começou a se destorcer e ele via cenas dos carros sendo arranhados, logo os carros voltavam ao normal e em seguida a distorção, as cenas ficavam se alternando, repentinamente tudo parou as cenas, a dor de cabeça, ainda de joelhos ele apoiou as mãos sobre o chão e respirou para recuperar o ar, estava sem fôlego, olhou ao redor e tudo estava normal de novo.
As coisas pareciam ter voltado ao normal, ele estava parado olhando para o além em busca de respostas, quando ouviu novamente o som de um cão, passou a sentir uma forte dor no peito, algo parecia estar rasgando o seu peito, um sofrimento horrível, novamente veio o silêncio e a dor diminuiu desesperadamente ele abriu com força seu uniforme de botões peitorais, não acreditava no que estava vendo. Mas que merda é essa? Questionou ele.
No peito de Adan havia duas imensas feridas, a marca da cicatriz de dois cortes imensos que começavam na altura do peito e desciam até a altura do umbigo, pareciam ter sido feitas pela garra de um animal monstruoso, as feridas mesmo cicatrizadas ainda doíam bastante, ele não estava entendendo mais nada, uma loucura sem fim.
Adan estava em um estado traumático, largou tudo para trás e seguiu para o prédio, estava passando pela travessia do estacionamento para o prédio quando uma forte ventania começou, ele pensou já ter sentido aquilo antes, parou e ficou quieto, quando viu a enorme sombra passando por ele, olhou para o céu, não muito acima dele avistou um Boeing 737 caindo.

Adan correu para se proteger enquanto o Boeing entrava se chocando e destruindo o teto do estacionamento, estava em chamas quase em sua totalidade, despencou sobre os carros e parou, Adan correu para ver de perto, imaginou que desgraça havia acontecido não se podia fazer mais nada era tarde de mais, ele seguiu para tirar seu carro de lá, não havia sido atingido pelo Boeing, mas imaginou ele, que logo poderia haver uma explosão, chegou ao lado do carro e buscou as chaves nos bolsos, quando olhou no vidro o reflexo lhe deixou perplexo, uma cena que para ele era familiar, as pessoas estavam saindo do avião por todos os lados, muitas saiam correndo e gritando totalmente em chamas, trêmulo e paralisado ele olhava para cena refletida nos vidros do carro. Meu Deus do céu. Murmurou ele.
Adan entrou no carro e saiu do estacionamento, estacionou a frente do prédio do aeroporto, em seguida retornou quando atravessou à porta de entrada do estacionamento uma multidão de pessoas já assistia a desgraça no estacionamento, muitas até estavam passando mal, ele passou correndo entre a multidão em direção ao prédio, dirigiu-se direto para a recepção atrás de sua irmã, ao chegar à recepção não havia ninguém estava vazia, então entrou em desespero saiu correndo pelo salão do aeroporto sem direção certa, queria encontrar Keyse e sair dali, depois de um tempo correndo, o cansaço já estava tomando espaço, e ele desesperado e com mau pressentimento não sabia o que fazer, com as costas encostou-se a uma parede e colocou a palma de sua mão direita sobre o rosto tampando seus olhos, respirou fundo e pensou consigo mesmo que não podia entrar em desespero, só iria piorar as coisas, até o momento ainda não sabia o que realmente estava acontecendo precisava encontrar Keyse e sair dali, precisava de muitas respostas.
Adan tirou a mão de seu rosto e sentiu-se zonzo uma tontura repentina o acometeu, sua vista começou a destorcer novamente, o ambiente ficou frio, e um silêncio tomou conta do local, ele fechou e abriu algumas vezes os olhos e não acreditava no que via, sua vista estava cinza, e tudo ao seu redor parecia estar lento, podia ouvir e perceber cada movimento dos acontecimentos próximos a ele, então ouviu uma conversa entre duas mulheres, olhou ao redor e não conseguiu enxergar ninguém conversando, buscou entre as pessoas que passavam lentamente pelo salão, ouviu uma das mulheres batendo levemente as palmas da mão, ele girou e buscou, aos poucos foi andando e observando, então parou, arregalou os olhos e não acreditou, ele estava olhando para uma cabine de controle a aproximados vinte metros de distância dele, ao longe via o leve semblante de duas mulheres conversando, uma aparentava estar batendo as palmas da mão, assustado ele olhava atentamente para ver o sincronismo do som com os movimentos dos semblantes das mulheres, apertou os olhos para ver melhor, e para sua surpresa, sentiu algo mudando em seus olhos, sua visão se aproximou da cena como se estivesse controlando com um zoom de um binóculos, ele se assustou e balançou a cabeça, aquele novo mundo de cor cinza era assustador para ele.
Encostou-se em uma parede e fechou seus olhos por um momento, então ouviu algo bem estranho, uma respiração ofegante, alta, parecia que estavam respirando bem em seu ouvido, abriu os olhos assustado, ainda estava sozinho no canto, encostado na parede, soltou um enorme suspiro e relaxou, foi quando seus olhos arregalaram-se com a imagem que avistou, olhando para o salão via dentre todo o mundo cinza, caminhando entre as pessoas algumas pessoas em tom totalmente branco, ele estava pasmo, via muitas pessoas de branco, um homem passou em frente a ele, parou e olhou em sua direção, ele arregalou novamente os olhos, sentia como se estivesse diante de um fantasma, o homem era pálido e tinha ferimentos pelo corpo como se tivessem ateado fogo em seu corpo, logo um grupo de pessoas em tom de cinza passou através do homem como se fosse um fantasma, Adan arregalou mais ainda seus olhos, o homem reagiu balançando as mão em protesto, aparentava estar gritando muito, mas Adan não ouvia nada, olhava atentamente para o homem e o grupo de pessoas que seguiu seu caminho sem parar, o homem então olhou para si mesmo, para seus ferimentos então entrou em desespero, acontecia a mesma coisa aquela cena era horrível Adan podia vê-lo se expressando, mostrando o sofrimento mas não podia ouvir, e parece que nenhuma pessoa ao seu redor também, o homem parou e olhou para Adan então veio andando em direção a ele com uma de suas mãos estendidas em sua direção como se estivesse tentando alcançá-lo, nesse momento a cabeça de Adan começou a doer novamente, sua vista embaçou, a dor era intensa ele fechou os olhos e quando abriu tudo estava normal de novo, aquele mundo cinza tinha sumido.
Sem perder tempo ele seguiu novamente atrás de sua irmã, só queria encontrar-la e sair logo dali, o aeroporto passava a ser um lugar que com certeza lhe dava calafrios.
Andou e rodou o aeroporto em busca de sua irmã e não conseguiu, já estava desiludido, parou em uma sala de espera no 3º andar, sentou-se em uma cadeira, lembrou-se do acidente no estacionamento, seguiu até a janela da sala que era de vidro, de lá conseguiu ver o estacionamento bem transtornado, uma multidão rodeava o local, mas os bombeiros e a policia já estavam por lá também, lá de cima podia ver a cena triste, uma fila de corpos cobertos por sacos pretos estava dispersa sobre o chão, se afastou do vidro e se deparou com uma mulher parada na porta da sala, um imenso susto, um arrepio na espinha, ela estava toda de branco e também era pálida como se não houvesse uma gota de sangue correndo pelas suas veias, era como um visão, ele olhava atentamente para a mulher, mas ela parecia uma imagem em um vídeo que se destorcia, e piscava sumindo e aparecendo, a mulher olhava para ele diretamente, não piscava, não falava, não havia gestos, a imagem se destorceu mais um pouco e sumiu, ele parou e suspirou. Run! Qual é? Sinto-me no filme o sexto sentido. Satirizou a situação com frieza.
Alguns minutos depois ele estava no banheiro que ficava no salão principal, lavou seu rosto e saiu, do outro lado no mesmo corredor de frente para o banheiro dos homens havia o banheiro das mulheres, as luzes piscavam e a porta estava entre aberta, Adan sentiu o ambiente ficando frio novamente, olhou ao seu redor e não viu nada diferente, o hálito que saia de sua boca causava uma pequena fumaça como se estivesse respirando em uma temperatura abaixo de zero graus, um vulto começou a piscar em frente a porta do banheiro feminino, ele olhou atentamente para o vulto, a silueta de uma pessoa estava se formando entre piscadas e destorcidas, era Keyse, ele abriu os olhos, keyse estava bem na sua frente como um fantasma, pálida, toda em branco, deu as costas a ele e entrou no banheiro, ele saiu lentamente andando em direção a porta, estava trêmulo, seus olhos molhavam seu rosto com lágrimas, empurrou a porta lentamente, o ambiente se tornava extremamente sinistro com as luzes piscando, ele entrou e seguiu até o fundo do banheiro, no espelho com imagens retorcidas e alternadas, via arranhões de cão, havia algo caído no chão.

Com amor mamãe e papai. Estava gravado no pequeno coração do colar que Keyse usava em seu pescoço, Adan também tinha um, seus pais deram para eles quando eram crianças, o pequeno coração podia ser aberto por um dos lados dividindo em dois lados, na parte de dentro de um lado estava a mãe de Adan segurando ele quando era um bebê ainda, e do outro estava o pai segurando keyse quando bebê também.

Adan fechou a mão apertando o coração do colar e sobre ela colocou a outra mão também, levou-as ao peito e ajoelhou-se em pranto, lágrimas caiam sem parar, ele sabia algo havia acontecido com keyse, o desespero apertou o peito, uma dor insuportável, fechou os olhos e prometeu que faria tudo para salvá-la.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

O Último Apocalipse - Capítulo 8

Capítulo 8

Aeroporto Internacional
Vôo 434

O pesadelo continuava estampado no reflexo no espelho, o desespero tomando conta, o corpo não podia obedecer a qualquer comando, nem a mente estava raciocinando direito, era como um estado de transe, mas que podia ser vivido acordado, o rosto de Ariel estava molhado, e as lágrimas não paravam, seu coração estava quase rasgando o peito batendo de força desorientada, paralisada e trêmula nem ela sabia o que estava sentindo.

- O que se passa, meu nome assusta você Ariel? Não faça essa cara de medo, eu não sou um monstro. – Lúcifer falava com uma leveza fenomenal, as palavras eram desimportantes para Ariel, mas o tom de voz era tão tranqüilizador aos seus ouvidos.

- O quê... O quê você quer de mim? – As poucas palavras que conseguia pronunciar ainda saiam tremidas e dessincronizadas, Ariel nunca havia sentido uma sensação tão ruim.

- Hum! Boa pergunta! – balançou a ponta da cabeça levemente para um lado e para o outro algumas vezes e sorriu.
Sabe Ariel observo você há muito tempo, digamos que desde quando você nasceu você tem algo especial em você e isso me interessa muito, preciso de você para me ajudar, sabe há muito tempo estive presa, e finalmente estarei livre, mas preciso de ajuda, e você pode muito bem me ajudar. – inclinou a cabeça um pouco para o lado e sorriu alevantando uma de suas sobrancelhas, Lúcifer parecia um vendedor de doces encantando o freguês com seus truques de venda.

- Porque eu ajudaria você? – perguntou Ariel entre lágrimas e soluços.

- Por quê? Horas querida Ariel, por que é necessário!
Mas tanto faz você uma hora ou outra irá me ajudar é seu destino!
Estou apenas lhe dando a chance de ser simples e sem sofrimento, o que acha hã? Isso num é de mais? Basta me dizer sim ou não. – Lúcifer tinha palavras tão firmes que demonstrava uma segurança inquebrável.

- Vá para o inferno sua cretina! – Ariel estava cansada de tudo aquilo só queria que acabasse, queria logo voltar para casa e esquecer tudo aquilo.

- Oh! Tudo bem eu vou para o inferno sim, mas você vai comigo! – Lúcifer sorriu.

O Último Apocalipse - Capítulo 7


Capítulo 7

Aeroporto Internacional

Estacionamento

Adan ouvia atentamente cada palavra que Lúcifer dizia, as propostas eram boas, parece que Lúcifer havia feito bem seu dever de casa, falava como um aluno dedicado de marketing.

- Então Adan, o que me diz? Está pronto para virar um herói? Não é uma má coisa é? Salvar o mundo, reconciliação de pai e filho, histórica por sinal, será o homem que acabou com o Apocalipse, o homem que deteve o fim do mundo, seu nome será lembrado muitas gerações depois meu caro. – o tom aperitivo soava em cada palavra de Lúcifer.

- O homem que salvou o mundo hein? Haha. – Sorriu alegremente Adan.
Sabe, isso soa muito bem aos ouvidos, veja só, um cara como eu, sou praticamente um adolescente ainda, se transforma em um herói, que maravilha, tem coisa melhor? – Adan sorria como se estivesse muito alegre com a proposta.

- Não, não há coisa melhor, você é um adolescente cheio de força e de virtude Adan, valente, corajoso, deve mostrar que isso tudo tem valor, será um eterno herói para humanidade! – Lúcifer falava tranquilamente, mas sua voz transpassava um ar de nostalgia.

- É você tem toda razão, como pode existir coisa melhor? – Adan mostrava-se encantado com a proposta.
Mas sabe de uma coisa, a minha resposta é não! – o rosto de Adan se fechou, houve um longo silêncio.

- O quê? Não? – Lúcifer perguntou com espanto.

- Não! Eu não vou ser a marionete do Diabo, acha que pode me iludir com esses contos fajutos? – a voz estava firme e a expressão do rosto de Adan estava séria.
Prefiro morrer a servir a você, se é isso que tens que fazer, faça, mate-me, pois não terá a minha ajuda jamais.

- Haha! Esperava essa reação de você, realmente é especial Adan, adoraria matar você sabia? Mas adoraria muita mais ter você ao meu lado, as coisas seriam mais fáceis, mas eu tentei, tentei facilitar as coisas, mas você está sendo egoísta, tudo bem não importa, só digo que você se arrependerá eternamente por isso Adan Fall, vai saber exatamente o que acontece com quem diz não para mim! – Lúcifer terminou seu discurso e logo em seguida um silêncio tomou conta do local.

Imediatamente uma forte ventania começou, era muito forte, Adan foi sendo arrastado até encostar-se em seu carro, a força da ventania estava apertando-o e esmagando-o contra o carro, não havia como reagir,só podia deixar acontecer, um forte barulho de metal sendo arranhado, rasgado, começou a soar no estacionamento, ele forçou a cabeça levantando-a e desencostando do capo, então viu surgirem arranhões nos carros parados no estacionamento, arranhões que pareciam estar sendo feitos por forte garras de cão.
O barulho de metal sendo dilacerado estava deixando ele maluco, era insuportável, a dor era maior que sua resistência, começou a gritar descontroladamente a medida da dor que sentia, como se seus ouvidos estivessem sendo estourados pelo barulho e pela dor, estava demais, começou a sentir o sangue quente escorrendo de seus ouvidos, a fraqueza começou a tomar conta de seu corpo, seus olhos começaram a ficar embaçados, a pressão estava tão forte que os vidros onde estavam apoiados seus braços trincaram violentamente, estava novamente com a cabeça sobre o capô do carro, sua visão embaçada enxergava apenas a pouca claridade da lâmpada que estava alguns metros acima no teto do estacionamento, não havia mais o que fazer, só podia se entregar, então fechou seus olhos e tudo se escureceu.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

O Último Apocalipse - Capítulo 6

Capítulo 6

Aeroporto Internacional
Cidade do México
Banheiro

Keyse já havia parado de pensar no que havia acontecido, seguiu até o banheiro, ligou a torneira e enxaguou o rosto, encostou as mãos na pia, e olhou seu reflexo no espelho, estava pensativa enquanto a água escorria pelo seu rosto e gotejava sobre a pia e o chão, ela sabia que as coisas estavam difíceis, estava cansada, nos últimos meses não havia tido muito tempo para descanso, e os problemas só aumentavam, ela e Adan estavam batalhando bastante, mas finalmente as coisas pareciam começar a ficar estáveis.
Keyse se ajeitou mais uma vez no espelho e saiu do banheiro, seguindo pelo corredor estava voltando para a recepção, quando passou por um telefone, o telefone começou a tocar, ela olhou para um lado e para o outro, o aeroporto estava um caos, gente indo e vindo, mas ninguém parava, parecia que não estavam ouvindo, mas ela imaginou que isso deveria ser normal já que as ligações são anunciadas nas chamadas pelo alto-falante, então esperou por um momento o operador anunciar a chamada, mas nada foi anunciado, então ela sentiu um calafrio na espinha, parou um segundo olhando para o telefone, tudo ao redor parou, não escutava mais o som do caos, estava concentrada no som do toque do telefone, ela sabia que aqueles telefones não tocavam, eram apenas receptivos, aos poucos passos ela seguiu em direção a cabine, estava tremendo, mesmo assim tirou o telefone do gancho.

- Alô! Com quem gostaria de falar? – apreensiva ela perguntou.

- Com você Keyse. – respondeu a voz.

- Comigo? – espantada, ela sentiu vontade de desligar, mas fechou os olhos e prosseguiu na linha.

- Ouça Keyse não há tempo, você tem que sair daqui, saía daqui, está correndo perigo. Logo em seguida a ligação foi encerrada.

Keyse abaixou a cabeça e encaixou o telefone no gancho, encostou-se na parede com as costas, levou às mãos a cabeça e deixou o corpo deslizar pela parede enquanto se agachava. O que está acontecendo comigo. Pensou ela. Esse dia estava deixando ela fora de si, está cansada, gostaria de não ter saído da cama, pensou por que estaria correndo perigo, aquele pensamento passou a perturbá-la diretamente.
O seu peito estava apertado e seus olhos ardiam estava prestes a estourar em lágrimas, levantou e seguiu de volta ao banheiro, entrou correndo e foi direto para a pia, enxaguou o rosto enquanto as lágrimas escorriam, quase não conseguia parar de chorar, começou a pensar que estava enlouquecendo.
Puxou um lenço de papel do aparelho e pós sobre o rosto absorvendo a água aos poucos, pressionou em algumas partes diferentes do rosto, em seguida retirou o lenço, ao se olhar no espelho tomou um tremendo susto, havia um enorme homem de branco atrás dela, estava sorrindo sinicamente olhando diretamente pra ela, ela pensou em gritar, mas antes que pudesse o homem falou.

- Hey Keyse! – logo o homem foi ficando sério, aos poucos.
Ei não faça essa cara de assustada não sou um fantasma. – sorriu novamente o homem.

O Último Apocalipse - Capítulo 5


Capítulo 5

Aeroporto Internacional

Cidade do México

Vôo 434

Os olhos da aeromoça estavam cheios de lágrimas, e ela enxugava aos poucos, estava mais calma, diante do espelho respirava fundo enquanto retocava a maquiagem, imaginava a loucura que havia visto, estava trabalhando de mais, devia ser isso.
Ariel Brisa, 20 anos, nasceu nos Estados Unidos, mas desde os cinco anos de idade veio morar no México com seu tio, com ele aprendeu a se apaixonar por aviões e por voar, aos dezoito anos conseguiu emprego como recepcionista de bordo ama o que faz pela primeira vez no seu pouco tempo de trabalho algo tão estranho aconteceu, mas ela já estava relaxada, as coisas estavam corridas nessa época do ano, muita gente viajando e ela por ser a mais experiente estava cobrindo quase todas as extras de vôos importantes.
Ariel deu os últimos retoques na maquiagem, guardou tudo na bolsa, foi quando percebeu um reflexo no espelho e se assustou, a mulher de branco estava atrás dela e seu reflexo estava no espelho, Ariel ficou branca, seu coração batia descontroladamente, as lágrimas passaram a derramar de novo.

- Olá Ariel, que imenso prazer em conhecê-la pessoalmente – a voz da mulher era suave e tinha um tom tranqüilizador

- Oh Meu Deus!
Isso não está acontecendo! – as lágrimas se espalhavam pelo rosto de Ariel, ela balançava levemente a cabeça, a verdade era que ela desejava que aquilo fosse apenas um pesadelo, só sabia que estava doida para acordar, ela está paralisada olhando indiretamente para a imagem da mulher no espelho.

- Tenha calma, Ariel, não vim fazer mal algum a você, só quero conversar com você! - um jeito tranqüilo e pacifico, era simpática e por sinal uma beleza fora do comum. A mulher deu um leve sorriso com os lábios fechados.

- Conversar comigo? Quem é você, como sabe tanto de mim? – o medo estava tomando conta de seu peito apertando forte, e Ariel continuava paralisada.

- Pois é eu sei muito de você, na verdade eu sei tudo, não só de você como de muita gente. – ela sorria simpaticamente, enquanto pausava a falava, mas não estava deixando Ariel muito relaxada.

- Afinal QUEM É VOCÊ? – disse Ariel irritada.

- Ou! Calma, tudo bem. – ela passou a sorrir orgulhosamente, enquanto passou certo momento de silêncio.
Eu sou um anjo. – houve outra pausa, a mulher ficou seria.
Meu nome é Lúcifer. – Ela novamente abriu um simpático sorriso, mas dava pra ver transpassando o orgulho em sua expressão.

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Momentos.