sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

O Último Apocalipse - Capítulo 10 "A Libertação"

Capítulo 10

"A Libertação"

Clinica psiquiátrica
Califórnia, EUA
9h da manhã, Ano 2013

O consultório do doutor Walkman estava completamente vazio se não fosse pela presença de uma moça que estava sentada ao canto da sala de espera ao fundo do corredor, a recepcionista estava arrumando algumas papeladas quando notou a presença da moça que estava de cabeça baixa e quieta, então se aproximou.

- Bom dia senhorita, com licença, notei sua presença aqui, difícil receber pessoas tão cedo no consultório, posso ajudá-la? – perguntou a recepcionista simpaticamente. A moça estava tremendo, lentamente levantou o rosto em direção a recepcionista, seu rosto estava molhado de lágrimas que não paravam de escorrer e sua expressão era de medo e desespero.

- Eu... Eu posso ver o doutor? – a voz da moça estava tremida e passava uma sensação de exaustão.

- Oh! Sim, sim senhorita, vamos. – disse a recepcionista levantando a moça, e seguiram para a sala do doutor Walkman.
Com licença doutor, está moça precisa vê-lo! – ela abriu a porta e encaminhou a moça para dentro em seguida saiu e fechou a porta.

- Bom dia senhorita, seja bem vinda, por favor, sente-se. – Walkman falou calmamente sua voz mansa e calma passava muita segurança, a moça estava em pé à frente da porta ainda de cabeça baixa, então levantou a cabeça e seguiu para o divã, sentou-se e ficou olhando para Walkman sem falar nada, seu rosto estava com uma expressão de espanto.
Tudo bem, relaxe, é sua primeira vez em um psiquiatra não é? – sorrindo e fechando brevemente os olhos, perguntou ele.

- Sim, nunca vim em um psiquiatra, nem imaginei que um dia estaria aqui sentada no divã de um, isso é tão repentino e estranho. – ela respondeu virando levemente o rosto para um lado e baixando a visão dos olhos em direção ao chão.

- Certamente senhorita, mas fique tranqüila, todo mundo pensa assim a primeira vez que pisa aqui, mas estou aqui para ajudá-la não precisa ter receio de nada. – Walkman era simples e leve com as palavras demonstrava ser um bom profissional. A moça sorriu e relaxou então se acomodou no divã.
Diga-me o que lhe trouxe até aqui? – perguntou ele

- Honestamente eu não sei se deveria estar aqui ou num exorcista! – Exclamou ela, com a vista distante para o lado.

- Como é? Não entendi senhorita por que diz isso? – Walkman se espantou com a resposta.

- Nem eu sei doutor, não sei o que está acontecendo comigo. – ela disse em tom baixo e triste.

- Me diga exatamente o que está acontecendo, fique relaxada. – Walkman manteve a moça tranqüila.

- Ai doutor, eu ando tão cansada, exausta, dias sem dormir, tem algo, muito estranho acontecendo comigo, não sei explicar, mas, mas... – antes de completar o que queria dizer ela entrou em pranto, as lágrimas começaram a escorrer de seus olhos e sua expressão mudou completamente, estava em uma crise de total desespero.

- OH! Calma senhorita, está tudo bem, relaxe, preciso saber o que está acontecendo, me diga eu lhe ajudarei. – Walkman usava todos os seus métodos para acalmar a moça.

- Eu estou enlouquecendo doutor, eu estou vendo pessoas, muitas pessoas, ai doutor só de pensar eu... – a moça começou a chorar novamente.

- Pessoas? Acha que está enlouquecendo por estar vendo pessoas? – espantou-se novamente Walkman

- Pessoas mortas doutor, muitas pessoas mortas, andando entre os vivos, passeando por ai, estou exausta, cansada de fugir disso, estou sendo perseguida, perturbada, não sei mais o que fazer. – abaixou à cabeça, sua expressão passava uma tristeza de deixar a garganta seca.

- Como é pessoas mortas? – Walkman se assustou novamente, sentiu aquela não seria uma consulta comum.

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